Como os criminosos usam engajamento em redes sociais para aplicar golpes de renda extra – Saiba seus direitos e proteja-se – Proteste

A Polícia Civil está investigando um esquema fraudulento conhecido como “golpe da renda extra”, no qual criminosos oferecem remuneração para pessoas que seguem, comentam e curtem perfis desconhecidos nas redes sociais. Recentemente, uma residente de São Gonçalo, no Rio de Janeiro, relatou ter sofrido um prejuízo financeiro de R$ 2.400 ao cair nesse golpe.

O golpe funciona da seguinte maneira: as vítimas recebem uma mensagem no WhatsApp de alguém se passando por um suposto assistente de recursos humanos, oferecendo um trabalho online com pagamento de até R$ 1.448. Ao aceitarem a proposta, são instruídas a aumentar o engajamento em redes sociais, começando com um pagamento de R$ 500. Posteriormente, são orientadas a investir em criptomoedas, o que resulta em depósitos bloqueados e a percepção de terem sido enganadas.

Esse tipo de golpe é considerado estelionato e está previsto no artigo 171 do Código Penal, com pena de um a três anos de reclusão. Os golpistas se aproveitam das chamadas “fazendas de clique”, onde usuários são pagos para aumentar a popularidade de perfis na internet. Empresas especializadas oferecem pacotes de “engajamento” para que clientes comprem seguidores instantâneos, curtidas e comentários. Por outro lado, existem sites que pagam pessoas para interagir com esses perfis.

Vale ressaltar que essa prática vai contra os termos de uso das redes sociais, podendo resultar na suspensão ou bloqueio dos perfis envolvidos. No entanto, de acordo com informações, atualmente não existe uma legislação específica que proíba a venda de impulsionamento de engajamento nas fazendas de clique. Portanto, é importante que todos estejam atentos para não serem vítimas desse tipo de golpe.