A recente valorização do dólar: o que levou a moeda a ultrapassar a marca de R$ 5 novamente?

A partir do final de setembro, o dólar americano começou a subir em relação ao real, ultrapassando a marca de R$ 5. Isso se deve às indicações do banco central dos Estados Unidos, o Federal Reserve (Fed), de que os juros permanecerão altos por mais tempo para combater a inflação no país. Essas taxas estão atualmente nos níveis mais altos em 22 anos, acima da meta de 2% estabelecida pelo Fed.

Essa situação desagradou os investidores, que esperavam que o Fed pudesse reduzir os juros. O fato de que as taxas ficarão entre 5,25% e 5,50% ao ano decepcionou os analistas, que tiveram que revisar suas previsões. Isso resultou na valorização dos títulos públicos americanos e fortalecimento do dólar em relação a outras moedas.

No Brasil, o dólar subiu cerca de 5% em relação ao real em um mês, ultrapassando os R$ 5,20 devido aos dados de emprego nos EUA superarem as expectativas. O principal índice acionário da bolsa brasileira, o Ibovespa, também teve uma queda de mais de 3% no mesmo período, representando uma reversão após um começo de ano otimista para os ativos do país.

O dólar e o Ibovespa enfrentam esses desafios devido à política do Fed de manter os juros altos para controlar a inflação persistente. Anteriormente, o dólar havia ficado abaixo de R$ 5 durante quatro meses e o Ibovespa alcançou os 122 mil pontos em um período de valorização.