Acompanhando as ofertas: a questão da publicidade direcionada às crianças – SeuDireito – Proteste
A exposição à publicidade infantil abusiva pode causar problemas como consumismo e baixa autoestima em crianças e adolescentes. É importante que os responsáveis fiquem atentos, pois a propaganda está presente não apenas na televisão e nos impressos, mas também em meios digitais como redes sociais e jogos eletrônicos. Crianças chegam a ficar em média 5h30 diante da tela da TV, o que pode causar problemas como consumismo, estresse e afetar a autoestima. É recomendado limitar o tempo de exposição a telas.
No Brasil, não há uma lei específica de publicidade infantil, mas há um conjunto de normas que limitam o conteúdo das campanhas e a participação de crianças e adolescentes. Essas normas são baseadas na Constituição Federal, no Código de Defesa do Consumidor, no Estatuto da Criança e Adolescente, na Resolução do Conanda e no Decreto da Convenção sobre os Direitos das Crianças da ONU. Essas leis deixam claro que as crianças precisam de proteção específica.
O tema da publicidade infantil ainda gera discussões e algumas organizações não governamentais defendem a proibição total. A proteção é necessária devido ao desenvolvimento incompleto do cérebro até os 18 anos, especialmente na região que controla os impulsos. As crianças não têm o mesmo controle inibitório dos adultos e são mais facilmente influenciadas pela publicidade. Isso leva a um desejo intenso pelo produto ou serviço anunciado.
É importante que a publicidade seja dosada para que as crianças não se tornem consumistas e desenvolvam baixa autoestima. O cérebro das crianças não consegue se autorregular, por isso é necessário um controle externo, como a família ou a escola, para ajudá-las a lidar com as influências da publicidade.
A exposição excessiva à publicidade infantil é um assunto preocupante. Crianças e adolescentes estão cada vez mais expostos a propagandas que podem ser abusivas, influenciando negativamente seu comportamento e consumo.
É importante que os responsáveis fiquem atentos ao tempo de exposição e ao conteúdo veiculado. É preciso denunciar propagandas que encorajam as crianças a se sentirem inferiores se não comprarem determinados produtos, promovem precocemente a erotização e adultização, ou mencionam produtos impróprios para sua faixa etária.
Quando detectada publicidade infantil abusiva, é possível fazer denúncias ao Ministério Público, Procons, Ministério da Justiça, Defensorias Públicas, Secretaria Nacional do Consumidor ou Ministério da Educação. Além disso, é recomendado entrar em contato com a empresa responsável e registrar reclamações nas redes sociais.
A exposição excessiva à publicidade infantil pode ter consequências negativas para o desenvolvimento cerebral das crianças. Como o cérebro ainda está em processo de maturação até os 18 ou 21 anos, crianças e adolescentes tendem a ser mais impulsivos e suscetíveis ao consumismo.
A exposição massiva à publicidade pode prejudicar a capacidade de concentração das crianças, reduzindo seu tempo de atenção e afetando sua capacidade de focar em uma tarefa específica. A propaganda, com seus estímulos visuais e sonoros, estimula a atenção dividida, o que pode ser problemático quando se precisa de atenção concentrada para realizar tarefas como leitura ou cálculos.
A publicidade infantil pode influenciar na formação de adultos consumistas. Quando as crianças têm seus desejos atendidos imediatamente, elas associam a satisfação à ativação do circuito de recompensa no cérebro. Isso pode levar ao desenvolvimento de transtornos relacionados ao consumo excessivo na idade adulta, como o consumo excessivo de álcool, alimentos ou compras.
O consumo excessivo pode ser influenciado por transtornos psiquiátricos e fatores ambientais, como o bombardeio de propaganda. Por outro lado, quando os responsáveis não podem suprir as expectativas das crianças devido a limitações financeiras, pode haver um sentimento de desvalorização a longo prazo. Isso ocorre porque as constantes mensagens publicitárias criam a ilusão de que é fácil obter determinados itens, levando as crianças a se sentirem inferiores e não valorizadas. Embora ouvir um “não” e lidar com a frustração seja necessário para o desenvolvimento, é importante que haja equilíbrio.
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